Discurso de Virginia Mendes sobre pena de morte e prisão perpétua repercute fortemente em Mato Grosso

Primeira-dama afirma que leis atuais não intimidam criminosos e cobra mudanças urgentes no Código Penal.

Discurso de Virginia Mendes sobre pena de morte e prisão perpétua repercute fortemente em Mato Grosso
Foto: Assessoria

Mailson Prado | Unaf

 

O pronunciamento da primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes, defendendo penas mais severas contra feminicidas, incluindo a pena de morte e a prisão perpétua, tem repercutido fortemente em todo o Estado.

 

A fala ocorreu após uma sequência de crimes bárbaros contra mulheres em diferentes municípios e abriu espaço para intensos debates na sociedade e no parlamento estadual.

 

Segundo Virginia Mendes, a pauta não é política, mas um compromisso com a vida.

 

“Esse não é um debate de partidos, é um debate de humanidade. É gratificante ver a Assembleia Legislativa de Mato Grosso engajada nesse tema. Há anos cobro a adoção da pena de morte e da prisão perpétua, porque só medidas duras poderão frear essa violência contra a mulher e salvar vidas”, afirmou.

 

A primeira-dama lembrou que, mesmo com os avanços promovidos pelo Governo do Estado em políticas de proteção, ainda há criminosos que agem com total frieza.

 

“Apesar de todos os esforços que o governo do Estado está fazendo, em tudo que está ao nosso alcance, ainda vemos homens assassinando mulheres como se quisessem provar que podem tudo. Eles não têm mais medo da Justiça”, disse ela.

Virginia Mendes também direcionou novamente cobranças ao Congresso Nacional e ao Governo Federal, ressaltando a defasagem do Código Penal brasileiro.

 

“Tenho cobrado muito o Governo Federal e o Congresso para que se movimentem e mudem o Código Penal. Não é possível que, em pleno século 21, ainda convivamos com leis criadas há mais de 80 anos. É muito importante que os poderes se unam e atualizem o Código Penal. Precisamos desse avanço para contribuir com a segurança pública”, frisou.

 

A primeira-dama ainda fez questão de reconhecer o trabalho das forças de segurança, mas reforçou que a atuação da polícia sozinha não resolve o problema diante de leis brandas.

 

“Quero parabenizar os policiais, delegados e todos os profissionais da segurança pública, em especial o secretário coronel César Roveri, a delegada-geral Daniela Maidel e o comandante-geral da PM, coronel Fernando Tinoco, pelo trabalho incansável que realizam. Mas não adianta prender se a Justiça solta no dia seguinte. Para assassinos de mulheres, 40 anos de prisão é pouco”, concluiu.