Dois empregadores de Nova Xavantina são incluídos na 'lista suja' do trabalho escravo

Dois empregadores de Nova Xavantina são incluídos na 'lista suja' do trabalho escravo
Foto: Reprodução

A Notícia em Foco

 

Dois empregadores de Nova Xavantina foram incluídos na mais recente atualização da chamada “lista suja” do trabalho escravo, divulgada no dia 6 de outubro pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O levantamento nacional reúne 691 nomes de empregadores de todo o país que foram flagrados submetendo trabalhadores a condições degradantes.

Em Mato Grosso, 11 empregadores foram enquadrados, sendo dois deles de Nova Xavantina:

Eduardo Antonio Barros da Silva, da Fazenda Filadélfia, localizada na zona rural do município;

Tomaz Edilson Filice Chayb, da Fazenda Conquista, também situada na zona rural de Nova Xavantina.

Além de Nova Xavantina, o levantamento inclui nomes de empregadores de Chapada dos Guimarães, Juína, Alta Floresta, Cuiabá, Comodoro, Nova Maringá e Vila Bela da Santíssima Trindade.

A “lista suja” é publicada semestralmente e tem o objetivo de dar transparência às ações de combate ao trabalho escravo no Brasil. Ela é reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) como um instrumento de apoio à Lei de Acesso à Informação, garantindo à sociedade o direito de conhecer os resultados das fiscalizações.

Segundo o fiscal do trabalho Amarildo Borges, o processo de inclusão de um nome na lista é longo e envolve diversas etapas de apuração, fiscalização e recursos administrativos.

“A gente não consegue atender todas as denúncias de imediato. Às vezes, uma denúncia chega e precisa aguardar até que as ações em andamento sejam concluídas. Esse processo pode levar meses”, explicou o fiscal.

Após o esgotamento de todos os recursos e a comprovação do crime, o empregador é então incluído na próxima atualização da lista.
Casos ainda sob investigação ou sem decisão final não aparecem na relação oficial.

Como denunciar trabalho análogo à escravidão

Denúncias podem ser feitas de forma anônima pelo Sistema Ipê, disponível pela internet.
O denunciante deve inserir o máximo de informações possíveis sobre o caso, para que a fiscalização possa analisar e realizar as verificações no local.